Hérnia é uma condição clínica onde um órgão ou o tecido adjacente se exterioriza através de uma fraqueza da parede abdominal. Este defeito da parede abdominal pode ser congênito, ou adquirido naturalmente por uma fraqueza na parede ou após cirurgias.
Os tipos mais frequentes de hérnias são:
O diagnóstico das hérnias da parede abdominal é realizado durante o exame físico. Realizando manobras de valsava onde ocorre o aumento da pressão abdominal, causando o abaulamento e o prolapso da hérnia.
Nos casos de hérnias muito pequenas e em pacientes obesos, pode ser necessário o uso da ultrassonografia. Exames mais sofisticados não têm indicação no diagnóstico das hérnias da parede abdominal.
O tratamento das hérnias é sempre cirúrgico. Não existem tratamentos alternativos e o uso de cintas é apenas uma medida paliativa, que não evita o crescimento da hérnia, nem suas complicações.
Na correção cirúrgica é frequente o uso de próteses ou telas. A tela é de material sintético, usualmente polipropileno. É colocada sobre ou sob o defeito herniário e fixada com fios, grampos ou uma cola especial, produzindo uma reação tecidual do nosso organismo no local.
A correção da hérnia por videolaparoscopia é uma alternativa interessante em muitos casos. Também é feita com o uso de telas e tem algumas vantagens como menor incisão, menos dor pós-operatória e retorno rápido às atividades. Tem o inconveniente de custo mais alto e de ter a necessidade de anestesia geral. Tem sua melhor indicação nas hérnias inguinais e femorais recidivadas (que já foram operadas anteriormente) e nas hérnias bilaterais. Nas hérnias umbilicais e epigástricas não há benefício no uso da cirurgia videolaparoscopia. Nem sempre usamos telas no tratamento das hérnias umbilicais e epigástricas, principalmente em hérnias pequenas, em pacientes jovens e magros.
No pós-operatório são muito frequentes os hematomas e edemas com seromas no local onde havia a hérnia, principalmente se eram inguinais de grande volume.